Mesure et évaluation en éducation
Volume 32, Number 3, 2009
Table of contents (6 articles)
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L’évaluation en classe : des politiques aux pratiques
Dany Laveault
pp. 1–22
AbstractFR:
Le but de cet article est de fournir un cadre de référence pour étudier l’implantation réussie des politiques et leurs effets attendus en matière d’évaluation en classe. Les recherches dans ce domaine soulèvent de nombreuses questions sur l’articulation des politiques et des pratiques en évaluation en plus d’identifier de nouvelles problématiques. Plus particulièrement, cet article cherchera à déterminer quels principes gouvernent le passage réussi des politiques aux pratiques en matière d’évaluation et comment y parvenir. L’article conclut que la mobilisation des savoirs théoriques et d’expérience est au coeur de la jonction réussie des politiques et pratiques. Il s’interroge sur l’efficacité des modèles hiérarchiques de transmission entre politiques et pratiques et émet l’hypothèse qu’il pourrait être plus profitable d’étudier comment politiques et pratiques peuvent faire oeuvre commune et se construire dans un processus d’évaluation équilibrée et de professionnalisation des réformes des systèmes éducatifs.
EN:
This paper seeks to develop a framework to study the successful implementation of educational policies and their expected outcomes on classroom assessment. Research in the field has contributed to identify several new issues and to raise important questions on how to link policies and classroom assessment practices. More precisely, this paper will try to identify the principles at play for an adequate transition from policies to classroom assessment practices and the best methods to achieve that. The paper concludes that theoretical and professional knowledge mobilization is at the basis of an appropriate junction of policies and practices. It questions the efficiency of hierarchical models of transmission between policies and practice. It also hypothesizes that it might be more advantageous to study how policies and classroom practice may work together and construct each other within a paradigm of balanced assessment and reform professionalization of educational systems.
PT:
Este artigo pretende fornecer um enquadramento para estudar a implementação bem sucedida das políticas educativas e dos efeitos pretendidos em termos de avaliação na sala de aula. neste domínio, as investigações salientam numerosas questões sobre a articulação entre as políticas e as práticas de avaliação, bem como identificam novas problemáticas. Mais particularmente, este artigo procurará determinar quais os princípios e os métodos que garantem uma transição adequada das políticas às práticas em matéria de avaliação. O artigo conclui que é a mobilização de saberes teóricos e da experiência profissional que está na base da adequação bem sucedida entre as políticas e as práticas. Interroga-se ainda neste artigo a eficácia dos modelos hierárquicos de transmissão entre políticas e práticas e formula-se a hipótese segundo a qual poderia ser mais útil estudar como as políticas e as práticas podem trabalhar em comum, construindo-se num processo de avaliação equilibrada e de profissionalização das reformas dos sistemas educativos.
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La lente émergence d’une politique scolaireen matière d’évaluation des élèves : quinze ans de transformationsen Belgique francophone
Vincent Carette and Vincent Dupriez
pp. 23–45
AbstractFR:
Après une brève présentation du contexte historique de l’enseignement en Belgique francophone, ce texte rend compte des réformes pédagogiques adoptées dans le courant des années 1990, lesquelles ont conduit à un recours accru à des épreuves externes d’évaluation des élèves. Les auteurs présentent les différentes épreuves nationales et internationales aujourd’hui mobilisées dans ce système éducatif et soulignent la diversité des modèles pédagogiques sous-jacents à de telles épreuves. Le texte présente ensuite quelques résultats de recherche rendant compte de l’appropriation de ces évolutions par les enseignants.
EN:
After a short description of the school system’s historical context in Frenchspeaking Belgium, this paper examines school reforms implemented in the nineties, which led to a larger use of external and standardized tests to assess pupils’ performances. Authors present the diversity of national and international tests, emphasizing the diversity of underlying didactical constructs. Finally, this paper summarizes some research results about the reception of such tests and reforms by teachers.
PT:
Depois de uma breve apresentação do contexto histórico do ensino na Bélgica francófona, este artigo dá conta das reformas pedagógicas adoptadas durante os anos 1990, as quais conduziram a um recurso acrescido a provas externas de avaliação dos alunos. Os autores apresentam as diferentes provas nacionais e internacionais que, actualmente, são mobilizadas neste sistema educativo e sublinham a diversidade de modelos pedagógicos subjacentes a tais provas. Finalmente, este artigo apresenta alguns resultados da investigação, dando conta da apropriação destas evoluções pelos professores.
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L’évaluation en classe en Suisse romande : des politiques aux pratiques enseignantes
Patricia Gilliéron Giroud and Walther Tessaro
pp. 47–76
AbstractFR:
La Suisse romande a connu récemment une période d’intenses réformes scolaires. De nombreuses études et recherches avaient alimenté les réflexions et suscité un fort intérêt pour une mise en application des innovations dans les classes. Malgré l’enthousiasme de départ, les réformes se sont heurtées à des oppositions inattendues. Politiques, parents et enseignants ont manifesté des doutes et des critiques, souvent virulents, contre les changements entrepris. L’abandon des notes chiffrées, épiphénomène des projets de réforme, occupera sans partage le devant de la scène politique et médiatique et entraînera un retour à des pratiques plus traditionnelles. Le bilan proposé dans cet article décrit les intentions des mouvements de réforme, les différentes phases de leur mise en oeuvre et les effets connus sur les pratiques enseignantes. Il met en évidence la complexité de nos systèmes scolaires et ses contradictions, tout en relevant les apports positifs d’une période d’échanges et d’actions en vue d’améliorer l’école.
EN:
The French speaking part of Switzerland recently experienced major school system reforms. Not only research and development studies brought up thoughts in this area but also generated a strong interest towards the implementation of those innovative changes. Although these changes were first met with enthousiasm, unexpected opposition aroused. Politics, parents and teachers became quite doubtfull and critical. Considered as an epiphenomenon within the overall project, the abolishment of numerical marks got excessive media and political coverages. Consequently, some traditional policies (numerical marks) were reintro duced. In this paper, we tried to describe these reforms such as their goals, their implementation steps and their known impact on teaching practices. on one hand, we showed that our school system is complex and full of contradiction. on the other hand, we underlined the positive aspects of such a period when moves and thoughtfull exchanges led to further attempts to improve our schools.
PT:
A Suíça romanda conheceu recentemente um período de intensas reformas escolares. Numerosos estudos e investigações alimentaram as reflexões e suscitaram um forte interesse na aplicação de inovações na sala de aula. Apesar do entusiasmo inicial, as reformas confrontaram-se, no entanto, com oposições inesperadas. Políticos, pais e professores manifestaram dúvidas e críticas, muitas vezes virulentas, contra as mudanças realizadas. o abandono das notas quantitativas, epifenómeno dos projectos de reforma, assumirá o protagonismo na cena política e mediática e conduzirá a um retorno às práticas mais tradicionais. o balanço proposto neste artigo descreve, desde logo, os momentos da reforma, as diferentes fases da sua implementação e os efeitos conhecidos sobre as práticas de ensino. Além disso, põe em evidência a complexidade dos nossos sistemas escolares e as suas contradições, destacando os contributos positivos de um período de trocas e de acções com o propósito de melhoria das nossas escolas.
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Evaluation des apprentissages dans le contexte québécois : entre décisions politiques et pratiques en salle de classe
Louise M. Bélair and Éric Dionne
pp. 77–100
AbstractFR:
Cet article présente une analyse de l’application des décisions politiques en salle de classe au Québec concernant les questions liées à l’évaluation des apprentissages. Pour ce faire, nous avons examiné, d’un point de vue historique et conceptuel, les politiques d’évaluation des apprentissages en vigueur au Québec au cours des vingt-cinq dernières années. Par la suite, nous nous sommes intéressés aux retombées de ces dernières en salle de classe au secondaire en mettant l’accent sur l’évaluation dans un contexte à enjeux élevés. Nos conclusions tentent de démontrer que le transfert entre le « politique » et le « pédagogique » se réalise difficilement.
EN:
This article presents a critical analysis of the application of the political decisions on evaluation in Quebec’s classroom context. We examined the current evaluation policies in Quebec for the last twenty five years from both a historical and a conceptual perspective. We were also interested in their effects at the high school level by focusing on high stakes assessment. Our conclusions tend to demonstrate that the transfer between the “political” and the “educational” aspect of classroom assessment does not come through easily.
PT:
Este artigo apresenta uma análise da aplicação das decisões políticas ligadas à avaliação das aprendizagens na sala de aula no Quebeque. Para tal, examinámos, de um ponto de vista histórico e conceptual, as políticas de avaliação das aprendizagens em vigor no Quebeque ao longo dos últimos vinte cinco anos. interessámo-nos também pelos seus efeitos nas salas de aula do ensino secundário, privilegiando a avaliação num contexto de elevada exigência. as nossas conclusões tende a demonstrar que é difícil realizar a transferência entre o “político” e o “pedagógico”.
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L’évaluation des apprentissages scolaires au Luxembourg
Christophe Dierendonck, Réginald Burton and Philippe Wanlin
pp. 101–123
AbstractFR:
Cet article porte sur les pratiques d’évaluation des acquis scolaires au Luxembourg. Il poursuit trois objectifs précis : synthétiser l’évolution des politiques et des pratiques d’évaluation des acquis scolaires à partir d’une analyse des documents officiels, aborder la concrétisation des directives officielles sur le terrain en présentant les données disponibles et illustrer les dérives potentielles liées à certains types d’évaluation des apprentissages scolaires.
EN:
This article focuses on evaluation practices of learning achievement in Luxembourg. It has three specific objectives: to summarize the evolution of policies and practices for assessing student achievement from an analysis of official documents, to analyze how official evaluation guidelines are effectively implemented in the classes and to illustrate the potential dangers associated with some types of evaluation of learning achievement.
PT:
Este artigo centra-se nas práticas de avaliação das aprendizagens no Luxemburgo. Apresenta três objectivos precisos: sintetizar a evolução das políticas e das práticas da avaliação das aprendizagens a partir de uma análise dos documentos oficiais, abordar a implementação das directivas oficiais através dos dados disponíveis e ilustrar as potenciais derivas associadas a certos tipos de avaliação das aprendizagens escolares.
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L’évaluation des élèves en France, à un moment charnière de leur histoire?
Anne-Marie Bardi and Marie Mégard
pp. 125–152
AbstractFR:
L’éducation nationale française est fortement centralisée : programmes, horaires et sujets d’examen nationaux, autonomie des établissements quasi nulle jusqu’à aujourd’hui. Cette égalité d’objectifs et de moyens est supposée garantir une égalité de résultats ; ainsi, les établissements ne font pas l’objet d’évaluations, et les acquis des élèves n’étaient, jusqu’à une date récente, mesurés de façon systématique qu’à leur entrée dans chaque cycle, à des fins diagnostiques. Dans les classes de collège et de lycée, la note chiffrée synthétique est encore le seul mode d’expression de l’évaluation des élèves ; à l’école primaire, les livrets de compétences mis en place demeurent peu informatifs. Depuis 2005 cependant, de grand textes de cadrage engagent l’école française sur la voie d’une autre culture de l’évaluation : une loi de finance impose au ministère de l’Éducation nationale de rendre annuellement compte des acquis des élèves ; la loi dite « pour l’avenir de l’école » impose à la scolarité obligatoire qu’elle garantisse à chaque élève les moyens nécessaires à l’acquisition d’un socle commun de connaissances et de compétences ; enfin, un cadre européen édicte des objectifs en termes de compétences clés, notamment en langues vivantes. Les conditions d’une évolution des pratiques d’évaluation sont donc réunies, la question reste de savoir si l’école française saura se saisir de cette occasion.
EN:
French national education is highly centralized: programs, examination timetables and topics are national, and up to now each school’s independence was close to nonexistent. Those equal objectives and means were supposed to result in and guarantee equal results. Therefore, schools aren’t subjected to evaluations, and pupils’ levels and acquired skills were until recently only methodically assessed upon their entering key levels, as a checkup. Throughout “college” (11-15 years old) and “lycee” (15-18 years old), test results are still only transcribed as a numerical grade, and in “ecole primaire” (6-11 years old), skills assessment booklets are used that do not provide very specific information. However since 2005, redefining texts have been aiming at an altogether new culture of evaluating for the French schooling system: – a financial law requires that the Ministry of education provide an annual statement on pupils’ acquirements, – the law “for the future of school” demands that compulsory schooling provide all pupils with the means they need for reaching basic knowledge and skills, – and european scheme decree specific goals regarding language skills. All the conditions allowing an evolution of (our) current evaluating methods are gathered, whether French education will know to seize that opportunity remains to be seen.
PT:
A educação nacional francesa é fortemente centralizada (programas, horários e conteúdos dos exames nacionais), pelo que, até hoje, a autonomia das escolas tem sido quase nula. Supostamente, esta igualdade de objectivos e de meios devia garantir uma igualdade de resultados. Daí que as escolas não sejam avaliadas e que as aprendizagens dos alunos, como aconteceu até há bem pouco tempo, só fossem avaliadas sistematicamente no início de cada ciclo, com propósitos de diagnóstico. nos 2.º e 3.º Ciclos do ensino Básico e no ensino Secundário, a nota quantitativa globalizante é ainda o único modo de expressão da avaliação dos alunos; no 1.º Ciclo do ensino Básico, as avaliações descritivas das competências continuam a ser pouco informativas. Contudo, depois de 2005, novas orientações gerais colocaram a escola francesa na via de uma outra cultura de avaliação: uma lei das finanças impõe ao Ministério da educação a prestação anual de contas relativamente às aprendizagens dos alunos; a dita lei “para o futuro da escola” impõe à escolaridade obrigatória que garanta a cada aluno os meios necessários para a aquisição de uma base comum de conhecimentos e de competências; enfim, um quadro europeu decreta objectivos em termos de competências-chave, nomeadamente em línguas vivas. As condições para uma evolução das práticas de avaliação estão, pois, reunidas, embora reste saber se escola francesa será capaz de aproveitar a oportunidade.